Manuel Teixeira Gomes
Nasceu a 27 de Maio de 1860, em Vila Nova de Portimão. Era filho de José Libânio Gomes e de Maria da Glória Teixeira Gomes.
Além de proprietário abastado, o pai dedicava-se ao comércio de frutos secos em larga escala, sendo um homem muito viajado, instruído em França, onde assistiu à revolução de 1848, advogava princípios republicanos, chegando a ser cônsul da Bélgica no Algarve.
Teixeira Gomes casou com Belmira das Neves, oriunda de famílias modestas de pescadores e tiveram duas filhas.
Morreu em 18 de Outubro de 1941, em Bougie, na Argélia.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Foi educado pelos pais até entrar no Colégio de São Luís Gonzaga em Portimão, onde estuda o ensino básico.
Aos 10 anos, como era uso nas famílias abastadas da época, é enviado para o Seminário de Coimbra, tendo por condiscípulo José Relvas.
Aos 15 anos, matricula-se na Faculdade de Medicina daquela cidade. Desiste do curso, contrariando a vontade paterna, e instala-se em Lisboa onde frequenta a Biblioteca Nacional e se torna amigo de João de Deus e de Fialho de Almeida.
Após ter cumprido o serviço militar, vai viver para o Porto, onde acamarada com Sampaio Bruno, Basílio Teles, Soares dos Reis e outros. Com Joaquim Coimbra e Queirós Veloso publica o jornal de teatro Gil Vicente, colaborando no Primeiro de Janeiro e na Folha Nova.
Cansado da estúrdia, regressa a Portimão reconciliando-se com a família.
Entretanto, em 1891, o pai formara, com outros sócios, uma sociedade intitulada "Sindicato de Exportadores de Figos do Algarve", que durou três anos. Manuel foi encarregado de encontrar mercados na França, na Bélgica e na Holanda. Viaja então imenso, visita a Europa, demorando-se na Itália. Alarga o seu campo cultural, deambulando pela África do Norte e pela Ásia Menor.
Dissolvida a sociedade, pai e filho continuam o negócio agora por conta própria. Em breve, o êxito motiva o alargamento do mercado pelas novas áreas que, embora já reconhecidas anteriormente, isto é, Norte de África e Próximo Oriente, o obrigam a viajar nove meses por ano, regressando a Portugal só para estar presente durante a campanha do figo.
A partir de 1895, estabelece novos contactos com os meios literários de Lisboa. Por intermédio de Fialho de Almeida conhece Marcelino Mesquita, Gomes Leal e outros. Alfredo Mesquita, Luís Osório e António Nobre entusiasmam-no para a publicação da sua primeira obra O Inventário de Junho, que aparece a público em 1899.
Mais tranquilo, dispondo de mais tempo, pois a idade avançada de seu pai obriga-o a estadas maiores em Portimão, publica Cartas sem Moral Nenhuma e Agosto Azul, em 1904, Sabrina Freire, em 1905, Desenhos e Anedotas de João de Deus, em 1907 e Gente Singular,
em 1909.
ACTIVIDADE PÓS-PRESIDENCIAL
Em 1931, instalou-se em Bougie, na Argélia, onde viveu os seus últimos dez anos. É desta localidade que continua a colaborar com o jornal O Diabo e com a revista Seara Nova.
Morreu, como já foi referido, em 18 de Outubro de 1941, no quarto número 13, do Hotel I'Étoile, e foi sepultado no cemitério de Bougie.
Em 16 de Outubro de 1950, a pedido da família, os seus restos mortais foram trasladados daquele último local, para o cemitério de Portimão, transportados a bordo do contra torpedeiro Dão.
Durante a cerimónia fúnebre, o antigo Presidente da República foi agraciado, a título póstumo, com a Grã-Cruz das três Ordens Militares Portuguesas, a Legião de Honra e as mais altas condecorações inglesas.
Nasceu a 27 de Maio de 1860, em Vila Nova de Portimão. Era filho de José Libânio Gomes e de Maria da Glória Teixeira Gomes.
Além de proprietário abastado, o pai dedicava-se ao comércio de frutos secos em larga escala, sendo um homem muito viajado, instruído em França, onde assistiu à revolução de 1848, advogava princípios republicanos, chegando a ser cônsul da Bélgica no Algarve.
Teixeira Gomes casou com Belmira das Neves, oriunda de famílias modestas de pescadores e tiveram duas filhas.
Morreu em 18 de Outubro de 1941, em Bougie, na Argélia.
ACTIVIDADE PROFISSIONAL
Foi educado pelos pais até entrar no Colégio de São Luís Gonzaga em Portimão, onde estuda o ensino básico.
Aos 10 anos, como era uso nas famílias abastadas da época, é enviado para o Seminário de Coimbra, tendo por condiscípulo José Relvas.
Aos 15 anos, matricula-se na Faculdade de Medicina daquela cidade. Desiste do curso, contrariando a vontade paterna, e instala-se em Lisboa onde frequenta a Biblioteca Nacional e se torna amigo de João de Deus e de Fialho de Almeida.
Após ter cumprido o serviço militar, vai viver para o Porto, onde acamarada com Sampaio Bruno, Basílio Teles, Soares dos Reis e outros. Com Joaquim Coimbra e Queirós Veloso publica o jornal de teatro Gil Vicente, colaborando no Primeiro de Janeiro e na Folha Nova.
Cansado da estúrdia, regressa a Portimão reconciliando-se com a família.
Entretanto, em 1891, o pai formara, com outros sócios, uma sociedade intitulada "Sindicato de Exportadores de Figos do Algarve", que durou três anos. Manuel foi encarregado de encontrar mercados na França, na Bélgica e na Holanda. Viaja então imenso, visita a Europa, demorando-se na Itália. Alarga o seu campo cultural, deambulando pela África do Norte e pela Ásia Menor.
Dissolvida a sociedade, pai e filho continuam o negócio agora por conta própria. Em breve, o êxito motiva o alargamento do mercado pelas novas áreas que, embora já reconhecidas anteriormente, isto é, Norte de África e Próximo Oriente, o obrigam a viajar nove meses por ano, regressando a Portugal só para estar presente durante a campanha do figo.
A partir de 1895, estabelece novos contactos com os meios literários de Lisboa. Por intermédio de Fialho de Almeida conhece Marcelino Mesquita, Gomes Leal e outros. Alfredo Mesquita, Luís Osório e António Nobre entusiasmam-no para a publicação da sua primeira obra O Inventário de Junho, que aparece a público em 1899.
Mais tranquilo, dispondo de mais tempo, pois a idade avançada de seu pai obriga-o a estadas maiores em Portimão, publica Cartas sem Moral Nenhuma e Agosto Azul, em 1904, Sabrina Freire, em 1905, Desenhos e Anedotas de João de Deus, em 1907 e Gente Singular,
em 1909.
ACTIVIDADE PÓS-PRESIDENCIAL
Em 1931, instalou-se em Bougie, na Argélia, onde viveu os seus últimos dez anos. É desta localidade que continua a colaborar com o jornal O Diabo e com a revista Seara Nova.
Morreu, como já foi referido, em 18 de Outubro de 1941, no quarto número 13, do Hotel I'Étoile, e foi sepultado no cemitério de Bougie.
Em 16 de Outubro de 1950, a pedido da família, os seus restos mortais foram trasladados daquele último local, para o cemitério de Portimão, transportados a bordo do contra torpedeiro Dão.
Durante a cerimónia fúnebre, o antigo Presidente da República foi agraciado, a título póstumo, com a Grã-Cruz das três Ordens Militares Portuguesas, a Legião de Honra e as mais altas condecorações inglesas.
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